L (-) Arte


Ontem esteve a Lua mais redonda e quente que me recordo de ter visto. 
E hoje o calor abraçava-nos de uma maneira que é difícil pensar que noutras partes do planeta há guerra e tremores de terra.
Mas aqui a Professora Raquel Henriques da Silva despede-se, daquela que é a última edição da L+Arte, com optimismo. Eu sei que é preciso fugir do "chorinho" português, mas é mais forte do que eu. Como é que é possível que em Portugal não haja mercado para existir uma (não se trata de uma dúzia, como é o caso da nossa vizinha Espanha) revista sobre arte. Eu estava convencida que a L+Arte tinha conseguido o seu cantinho no mundo da imprensa portuguesa. Shame on me! Uma revista que tentou ser isenta, contemporânea, crítica q.b., actual, rigorosa, etc. O que é que se pode pensar de um país cujo desprezo pela arte, é tão notório, "a começar no desprezo dos governantes que tendem a ignorar as opiniões dos especialistas e cujos orçamentos roçam a indignidade"?

Será que só temos mercado para revistas cujos os textos não ultrapassem as três linhas? 

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